Foi assim que tudo começou
Sentada no chão do banheiro. A água quente escorrendo pelo meu corpo, se misturando às lágrimas que jorram dos meus olhos. Como pode o mundo desmoronar em apenas 3 dias. Sábado eu era feliz e hoje, terça-feira, eu morro por dentro. Morro porque matei um amor de uma vida. Morro porque acordei do pior pesadelo que já vivi. Mas antes de falar como eu cheguei aqui, quero te contar como tudo começou.
Foi numa segunda-feira, dia 12 de setembro de 2011. Estava nublado e quente, uma típica tarde de um final de inverno em João Pessoa. Eu estava dirigindo de volta para a universidade. A cabeça a mil repassando tudo o que tinha acontecido comigo. Como eu poderia estar passando por aquilo, depois de 2 anos juntos? Como ele teve coragem de me falar aquelas palavras? Mas ele teve motivo! Mesmo assim deveria confiar em mim! Será que eu merecia ter a confiança dele depois de tudo o que aconteceu com o seu melhor amigo? Independente do motivo, eu precisava seguir em frente. Tinha uma entrevista marcada. Estavam selecionando estudantes para trabalharem como voluntários em um seminário da universidade. Eu tinha feito a inscrição porque minha melhor amiga fazia parte da equipe de organização do evento. Na verdade todo mundo da minha turma, menos eu!
Entrei na sala reservada muito insegura. Ainda sentia as dores do que tinha acontecido na hora do almoço. Eu sabia que não seria mágico como nos livros, mas não imaginava que seriam tão frio, seco e rápido.
Enfim, deixei os pensamentos de lado e foquei naquele momento. Me fizeram várias perguntas, entre elas qual período do curso eu fazia, se tinha experiência com eventos e se eu tinha transporte próprio. Eu já tinha participado da organização de retiros de crisma, peças para a semana da família na igreja que frequentava e da organização de barracas na quermesse da festa da padroeira. Eles me disseram que era uma excelente experiência, mas na verdade eu acredito que só passei pq eu tinha um carro e o pessoal precisava de alguém para comprar e pegar as coisas do evento.
Após a entrevista fui direcionada para uma sala onde o responsável pelo evento estava presente e quando abri a porta, algo muito estranho aconteceu. Como poderia eu nunca ter visto aquele cara na universidade? Melhor, o rosto dele não me era estranho, mas eu não sabia quem era. Eu conhecia todo mundo!! Mas aparentemente ele também não sabia quem eu eu era. Quando me viu, perguntou qual o meu nome e quando respondo ele dissr: então você que é a Stephany Costa? Prazer, eu sou Rodrigo Arcoverde!!
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