Um pingo de esperança perdido.

        Todos devem saber que colégio interno não tem lá muita coisa boa, ou, pelo menos, é o que parece ser. Imagine juntar um lugar que não é tão bom com os a triste vida dos irmãos Baudelaire! Claro que sabemos que, dessa mistura, não sairá nada de bom, porém, também sabemos, que a vida dos irmão não é nada de boa.
         Nesse livro, os irmão vão para a escola Preparatória Prufrok, cujo lema, em português, significa "Lembra-te que morrerás" e uma arquitetura um pouco fúnebre, os prédios tinham quase o mesmo formato que as lápides de cemitério. Logo na primeira impressão os Baudelaire souberam que não ia ser nada fácil. Primeiro por causa do diretor Nero, que tocava terrivelmente violino e se achava o maior gênio da música, obrigando todos os alunos a participarem de seu recital todos os dias a noite. Segundo, pelos castigos esdrúxulos aplicados aos alunos que não cumprissem as regras, como chegar atrasado no refeitório e frequentar o prédio administrativo. Terceiro, por causa de Carmelita Spats, a menina mais "bisbórria" do colégio, uma pessoinha completamente intragável. E quarto, mas talvez não o último, as aulas malucas dos professor Romera e professora Bass, que davam aula de histórias sem nexo e medidas de objetos aleatórios respectivamente. Também não podemos deixar de fora o terrível lugar oferecido aos irmãos como acomodação, um barraco cheio de pequenos caranguejos briguentos, um lodo branco gosmento que pingava do teto e uma "cama" feita de feno.
         Porém, em seu primeiro almoço no refeitório, tiveram a impressão que isso poderia mudar. Foi lá que conheceram os trigêmeos Quagmire, que na verdade eram só dois, e logo se tornaram amigos, pois,  assim como os Baudelaire, os Quagmire eram órfãos, seus pais e o outro irmão trigêmeo morreram em um incêndio, eram os únicos herdeiros de uma fortuna e já haviam morado do barraco, o qual Carmelita fez o favor de apelidar de Barraco dos Órfãos.
        Apesar de todas as maluquices e coisas chatas na escola, os irmãos Violet, Klaus e Sunny começavam a se sentir bem, em grande parte, por causa dos novos amigos. Mas, como sabemos, a vida dos Baudelaire não é cheia de alegrias e momentos bons, muito pelo contrário, é cheia de desventuras, e a maior delas, é claro, é o Conde Olaf.
        Desta vez, o terrível, apavorante, detestável, intragável, nojento, desprezível e todos os adjetivos com conotações ruins possíveis, Conde Olaf se disfarçou de professor de ginástica começando um terrível, porém meio estranho, plano para ficar com a fortuna dos protagonistas dessa história. Como sempre, os Baudelaire conseguem se livrar, de uma forma um pouco acidental, mas novamente terão que esperar pela nova aventura, ou melhor, desventura.

Capa do quinto livro da coleção Desventuras em Série.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Destrua este diário: 32º desafio.

"Cuscuzada"

Destrua este diário: 6º desafio.